Vitiligo - Dra. Natacha Haddad

Vitiligo é uma doença de pele que causa a perda gradativa da pigmentação da pele, geralmente com o surgimento de manchas em todo o corpo. É impossível prever a extensão da doença ou o quanto a pessoa perderá da cor da pele. Esta doença pode afetar qualquer parte do corpo, até mesmo o cabelo, o interior da boca e os olhos.

Vitiligo pode afetar pessoas de todos os tipos de pele, mas costuma ser mais perceptível em pessoas com pele mais escura. A doença pode surgir em qualquer idade, sendo mais comum em duas faixas etárias: 10 a 15 anos e 20 a 40 anos. Contudo, estresse físico, emocional, e ansiedade são fatores comuns no desencadeamento ou agravamento da doença

A condição não é contagiosa e nem representa um risco para a vida de quem a possui, mas pode afetar seriamente a autoestima do paciente e pode ser uma espécie de gatilho para o surgimento de problemas psicológicos, como a depressão.

Qual a causa?

As causas de vitiligo ainda são desconhecidas. O que se sabe até agora é que a doença ocorre quando as células formadoras de melanina (melanócitos) morrem ou deixam de produzir melanina – o pigmento que garante a cor da pele, do cabelo e dos olhos. Os médicos ainda não sabem explicar por que os melanócitos param de cumprir sua função, mas acredita-se que vitiligo possa ser uma doença autoimune, em que o próprio sistema imunológico da pessoa ataca e destrói os melanócitos.

Evidências médicas também sugerem que vitiligo possa estar relacionada à herança genética ou a fatores externos, como exposição excessiva ao sol, a situações de estresse e a produtos químicos.

Quais os sintomas?

O principal sinal de vitiligo é a perda da pigmentação da pele, geralmente com o surgimento de manchas por todo o corpo. Outros sinais de vitiligo incluem:

– Perda de pigmentação do cabelo, cílios, sobrancelhas ou barba;
– Perda da cor nos tecidos que revestem o interior de sua boca e nariz (membranas mucosas);
– Perda ou alteração da cor da camada interna do globo ocular (retina);
– Manchas descoradas em torno das axilas, umbigo, órgãos genitais e reto.

A doença pode variar também de intensidade:

– As manchas podem aparecer em todo o corpo, no caso do vitiligo generalizado (mais comum de todos);
– As manchas podem surgir em somente um lado ou uma parte do corpo, o que configura um caso de vitiligo segmentar. Nesses casos, a doença costuma aparecer mais cedo e progride por um ou dois anos e depois estaciona;
– A doença também pode afetar somente uma parte ou área do corpo, característica do vitiligo focal.
 
É difícil prever como a doença vai progredir. Às vezes, as manchas param espontaneamente e sem tratamento. Em alguns casos, no entanto, a perda de pigmento da pele se espalha por todo o corpo. Isso, no entanto, depende única e exclusivamente do paciente. Não há como prever como o vitiligo evoluirá. Uma vez tendo perdido a cor da pele, é muito raro e difícil que ela volte à cor que tinha antes.

Quais os cuidados?

O local atingido fica bastante sensível ao sol, podendo ocorrer sérias queimaduras caso exposto ao sol sem protetor, conferindo um risco para o desenvolvimento de câncer de pele.

Quais os tratamentos?

O tratamento deve ser discutido com um dermatologista, e a Dra. Natacha Haddad afirma que o tratamento varia conforme as características de cada paciente.

Dentre as opções terapêuticas está o uso de medicamentos que induzem a repigmentação das regiões afetadas. Também podem-se empregar tecnologias como o laser, bem como técnicas de cirúrgicas ou de transplante de melanócitos.

Os Tratamento para vitiligo podem desacelerar a doença e até mesmo melhorar a aparência da pessoa. Apesar de não existir cura, ela não depende exclusivamente do método terapêutico, mas sim da reação do organismo a esse método.

Outros tratamentos disponíveis podem ajudar a restaurar a cor ou o tom de pele. No entanto, os resultados variam e são imprevisíveis. Alguns tratamentos podem causar efeitos colaterais. Por isso, em alguns casos, poderá ser indicado um simples método para disfarçar a aparência, como o uso de bronzeadores e maquiagem. Em alguns casos isso pode bastar, outros exigirão tratamento mais rigorosos.

Como previnir?

Não existem formas de prevenção do vitiligo. Como em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, os parentes de indivíduos afetados devem realizar uma vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação, a fim de detectar a doença precocemente e iniciar cedo a terapia.

Em pacientes com diagnóstico de vitiligo, deve-se evitar os fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. Evitar o uso de vestuário apertado, ou que provoque atrito ou pressão sobre a pele, e diminuir a exposição solar. Controlar o estresse é outra medida bem-vinda.

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